Entrevista para o Futurize-se. Leia a íntegra
A pirâmide financeira é uma prática que envolve a captação desenfreada de novos investidores de forma progressiva, de modo que o pagamento é realizado pelos recém ingressados em benefício de seus antecessores. Segundo Luis Felipe Tolezani, advogado da área de direito digital da Lopes & Castelo Sociedade de Advogados, no mercado das criptomoedas, a prática tem se tornado cada vez mais comum, motivada principalmente pela natureza digital do ativo, que facilita a captação de novas vítimas.
Há indicativos que devem acender o alerta. Por exemplo, uma forma simples de identificar o esquema é avaliar a necessidade de novos investidores. As pirâmides dependem de novos investidores para custear os investidores mais antigos. Outra forma de identificar o esquema é analisar a promessa de retorno feita pela organização, ou seja, se ela é realista ou não. “Os golpistas se aproveitam da ignorância do cidadão comum e atuam com a prática de vender sonhos e expectativas, prometendo, por exemplo, “retorno de 200% do investimento em apenas 2 meses”, diz Tolezani.
Para evitar cair neste golpe, cinco dicas preciosas:
1- Verifique a procedência da empresa e se ela possui inscrição na CVM para comercialização de ativos financeiros, incluindo criptomoedas;
2- Desconfie do retorno garantido, uma vez que as criptomoedas são voláteis e não oferecem lucros mensais fixos;
3- Fique alerta aos chamados “líderes” que te ofereçam este investimento. As criptomoedas são descentralizadas e não há uma empresa ou grupo de pessoas coordenando o seu fluxo;
4- Se atente à existência de prazos, regras e procedimentos para saques dos investimentos;
5- Verifique se há registro da empresa ou de autorização de Contratos de Investimento Coletivo fornecidos pela CVM.