Consolidar uma empresa familiar é um desafio e tanto para os envolvidos no processo. No entanto, a manutenção do negócio e, mais  para frente, o processo sucessório são, sem dúvida, ainda mais complexos – e mortais.

Não à toa, 70% dos negócios familiares não conseguem ultrapassar a terceira geração, segundo especialistas no assunto.

Alguns cuidados, no entanto, podem ser tomados no sentido de melhorar a gestão e, assim, evitar traumáticas discussões entre os parentes empreendedores.

Plinio de Oliveira Junior destaca dez pontos que, se seguidos, diminuem drasticamente os conflitos familiares.

Definição do comando

Segundo Plinio de Oliveira Junior, o principal motivo de briga entre familiares que também são sócios no mundo dos negócios é transformar o empreendimento em cabide de empregos para outros parentes.

Para que o clima seja harmônico é preciso, sobretudo, que o caixa esteja no azul. Assim, os familiares mais preparados deverão assumir cargos administrativos no dia-a-dia da empresa. Já para aqueles familiares que não tem a qualificação necessária, incentive o aperfeiçoamento para o cargo. Investir na qualificação dessa pessoa pode fazer toda a diferença.

Escolha um conselho

A dica, aqui, é criar um conselho administrativo familiar. Ele vai, por exemplo, zelar pelo direito e segurança dos demais sócios que não estarão tão ligados à empresa. Neste caso, é importante que o número de cadeiras seja limitado.

Estipule metas

Compromisso é fundamental. Por isso, defina claramente os deveres, direitos, metas e obrigações de cada executivo eleito na família. Isso minimiza mudanças abruptas nas decisões ou interferências.

Reunião, reunião e reunião

Discutir relação é uma especialidade entre alguns parentes. Porque, então, não dar um passo além e levar esse hábito, guardando as devidas proporções, para dentro da empresa. Promova reuniões de acompanhamento dos resultados. Nelas, cada membro indica o quanto cumpriu das metas. Em muitos casos, o conselho de familiares (lembra da segunda dica?) interfere, buscando ajustar os processos para atingir as metas ou então revê-las.

Isole o CEO

Para o caldo não desandar completamente, preze sempre pelo bom senso e equilíbrio. Neste caso, o CEO deve ser o responsável pelo bom andamento dos resultados. Afinal de contas, isso é um negócio e como tal ele precisa ser lucrativo. Por isso, é importante preservar esta figura em salas isoladas, respeitando assim a hierarquia da empresa e evitando discussões acaloradas e sem fundamentos.

Não passe por cima

No caso do patriarca ainda ser o CEO, evite dar ordens contrárias. Da mesma forma, o CEO deve cuidar para respeitar os cargos diretivos de cada projeto. Em resumo, a tranquilidade está em muita vezes respirar fundo e não quebrar a linha de comando – isso é importante para preservar a confiança nos cargos estipulados.

Discussões acaloradas

Em empresas como um todo, sobretudo entre as familiares, perde-se muito tempo com discussões que na maioria das vezes não levam a nada. Procure evitá-las.

Diversifique

A inovação estimula o negócio. Porém, cuidado: na ânsia de diversificar, alguns empresários abrem, por exemplo, negócios para os filhos e não se atentam para o fato de que a nova vertente nada tem a ver com o ramo de atuação original da empresa. O foco acaba sendo dividido, gerando perda de eficiência, prejuízos, que em algumas vezes podem ser irreparáveis.

Dedicação

Engana-se aquele que acredita não precisar de dedicação. “Numa empresa familiar, a dedicação é ainda maior, pois trata do seu negócio, seu sustento, seu futuro e dos familiares que estão no mesmo ‘barco'”, destaca Plinio de Oliveira Junior.

Sucessão

A busca por herdeiros mais talentosos e com desejo de fazer a empresa crescer deve culminar em cargos de direção. Importante incentivar que os herdeiros comecem de baixo passando por todos os processos, assim conhecerão a empresa de cima a baixo, o que influenciará positivamente nos resultados.

Fonte: Estadão

Comentários Lopes & Castelo Sociedade de Advogados

Por essas razões, o Planejamento Sucessório e a Proteção Patrimonial torna-se cada vez mais, uma importante ferramenta para o empresário, uma vez que terá o condão de reorganizar toda a estrutura empresarial, desde as questões societárias até as questões econômicas, bem como não será desprezada a proteção do patrimonio, perante herdeiros e principalmente, perante terceiros estranhos a sociedade.

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